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Daqui se faz um apelo para a mobilização geral dos montefrienses, no sentido de participarem nesta reunião, como demonstração da unidade e da convivência que nos caracteriza. É um bom ensejo para uma noite de confraternização na Casa da Comarca de Arganil.Clique aqui para visualizar a convocatória.Que feliz a ideia de festejar o Dia de Portugal (e de Camões) na Benfeita. Nós, habituados a ver todos os anos, pela televisão, as comemorações desta festa nacional, nas mais variadas capitais de distrito, tivemos agora oportunidade de participar, ao vivo, no evento tão simbólico, em ambiente popular, e até familiar, bem ao jeito das festividades tradicionais. Uma organização da Junta de Freguesia de Benfeita, legitimada pelo facto do propulsor da criação do feriado nacional de 10 de Junho (Dia de Portugal), ter sido o nosso conterrâneo José Simões Dias, ilustre filho da Benfeita, o poeta e deputado da Nação que, em 1880, no tricentenário da morte de Camões, subscreveu a lei que consagrou este dia nacional como ‘dia da raça’. Quem sabia que se deve ao benfeitense Simões Dias, ter-se gozado este feriado uma vida inteira? Eu tenho feito a minha parte, divulgando tal facto junto de amigos e companheiros. Inclusive, no jornal ‘A BOLA’ do passado dia 2 de Julho, na página ‘A Bola de estilos’ onde se faz a promoção destacada (com gravura da capa) do livro do ‘Tricentenário de Camões’, obra de Carlos da Capela, sugerindo a sua leitura, revelando: «como José Simões Dias, poeta da Benfeita, Arganil, estando deputado nas Cortes, em 1880, se lembrou de tornar o dia do tricentenário de Camões, no Dia de Portugal: 10 de Junho – e das movimentações que fez para que a sua proposta ganhasse força de lei, com a ajuda, por exemplo, de Teófilo Braga. (Edições Moura Pinto)». A propósito do Carlos da Capela, para mim o Carlitos ou Carlos Dias, um rapaz da minha adolescência (uns anitos mais novo), tenho de dizer que foi um enorme prazer revê-lo e abraçá-lo ao fim de tantos anos desencontrados, com rumos diferentes e actividades distintas. Por isso, não faltou alguma emoção neste breve reencontro de antigos companheiros nas festas de verão e nas futeboladas do Real Estrelas da Benfeita, no Campo da Carriça, em Côja. Neste particular, eramos todos da mesma fornada como, também, o Zé Almas, Orlando, Jorge, Vítor Dias, Marcelo, Artur Pratas, Arlindo, Eliseu, Zé Alberto, o António Luís, o Mossa, o Daniel… ai que saudades, ai! ai! Mas isso do futebol do Real Estrelas fica para outra altura. Pois o Carlos da Capela, aquele miúdo extrovertido, algo irreverente, que conheci nos anos sessenta, foi para a cidade do Porto, onde se evidenciou na vida como docente, intelectual e artista plástico de grande gabarito. Embora à distância, sempre fui acompanhando a sua trajectória ascendente de sucesso literário e artístico, através das notícias e das crónicas na ‘Comarca de Arganil’. Tem vários livros publicados e fez algumas exposições de pintura e obras de arte. Conheço algumas das suas obras, aliás, do Alberto Péssimo, pseudónimo artístico, como as pinturas na capela de Nossa Senhora das Necessidades e na capela de São Bartolomeu, na Benfeita. Desta vez a conversa foi breve, porque a programação das comemorações não deu para mais. No entanto, está combinado, um dia destes falaremos com tempo. Além do mais, o Carlos Dias tem sido, em todo o lado, grande embaixador cultural da nossa freguesia. E, tal como eu, emociona-se a falar da sua aldeia e das suas raízes. Apesar da pouca convivência nos últimos anos, gosto do Carlos, da sua singularidade, admiro a sua elegância, sempre de lacinho, a sua imagem de marca e o seu bigode de pontas (agora da cor da neve). É uma figura distinta. E é da Benfeita! Exposição sobre Camões e lançamento do livro No programa das comemorações do Dia de Portugal, a inauguração de uma exposição de desenhos e pinturas sobre Camões, na Casa Memória de Simões Dias. Aí foi divulgado o já referido livro de Carlos da Capela e foi assinado o livro de honra. Lá deixei a inscrição em memória dos meus avós e bisavós, contemporâneos do poeta José Simões Dias, e em honra de uma afinidade ancestral entre os povos da Benfeita e do Monte Frio, de tantos casamentos e de tantas vivências e amizades, numa vincada fidelidade pela nossa eterna freguesia. Logo depois, no edifício-sede da junta de freguesia, uma sala a abarrotar para assistir à sessão solene que envolveu o lançamento do novo livro de Carlos da Capela ‘A história dos almocreves e dos lobisomens’, onde vários oradores, entre os quais Ricardo Pereira Alves, presidente da CM Arganil e Alfredo Martins, presidente da JF Benfeita, enalteceram a figura e a obra do autor. No final, uma sessão de autógrafos, na qual o amigo Carlos da Capela, fez questão de sublinhar a nossa cor clubista, quando assinou o meu livro. Resta acrescentar que o Carlos da Capela, numa atitude altruísta, decidiu oferecer a receita da venda dos seus livros (cerca de 700 euros) para ajudar a custear as obras da igreja matriz da Benfeita. O Caminho da Várzea O programa de festas começou com a inauguração do ‘Caminho da Várzea’, uma obra há muito prometida e planificada pela junta de freguesia mas só agora concluída, com a colaboração fundamental da câmara municipal. É a recuperação de um caminho pedonal da ribeira da Mata, que muito veio beneficiar a zona em termos ambientais. É um local aprazível, com zona de lazer, própria para piqueniques, na margem da ribeira, óptimo sítio para o pessoal tomar banho. Aliás, dizem que é o regresso ao passado, pois era ali que a juventude de outrora se divertia e dava uns mergulhos. O Alfredo Martins, grande impulsionador da obra estava feliz e aliviado. O prometido é devido! Naturalmente! Convívio na esplanada do areal Para terminar um dia de festa em beleza, a junta de freguesia convidou a multidão para um lanche/convívio na esplanada do areal. Um repasto bem servido, onde nada faltou, comida de toda a ordem, bebidas e doces. Havia gente de todas as proveniências, convidados especiais das autarquias, representantes das comissões de melhoramentos, pessoal das aldeias da freguesia e até a comunidade estrangeira das redondezas, se apresentou em número apreciável. Do Monte Frio, também a representação do António Castanheira, Horácio, Pedro, Albino… O Sardal estava lá em peso: António Luís, Eduardo, Jorge e Sérgio; Lá convivemos também com os amigos Marcelo, Cerejeira, Ângelo, o Martinho, o Mário Nunes, o Carlos Espalha Reis, o Rogério, o Brasilio, o Piriscas (venha o bucho)… e tantos outros. O Alfredo Martins, nosso presidente da junta está de parabéns pela excelente organização. Foi um Dia de Portugal bem animado e bem vivido. Clique aqui para visualizar a página da Comarca. V. C. Não tarda nada, o pessoal começa a invadir a nossa terra para passar uns dias felizes a cultivar a amizade e o convívio, depois de mais um ano de lufa-lufa e de stress na cidade. Já está tudo a postos para a tradicional festa anual em honra do Milagroso Bom Jesus, padroeiro da povoação do Monte Frio. O Tiago Oom Peres, mordomo responsável pela organização, fez-nos chegar o cartaz com o programa festivo, cujas ações religiosas e recreativas aqui divulgamos. Na sexta-feira, dia 8 de Agosto (véspera da festa), está prevista uma animação noturna, com música popular, de receção de boas vindas aos que chegam. No sábado, dia 9, o programa começa às 08.00 horas, com alvorada dos Bombos de S. Nicolau (dos Pardieiros). Às 09.00 chega a Banda Filarmónica Flor do Alva, de Côja, cuja atuação começa com uma arruada pela aldeia. Às 11.00, celebração da missa cantada, em louvor do Milagroso Bom Jesus, seguida da procissão. Às 15 horas tem inicio o Torneio Internacional de Chinquilho e às 16.00 realiza-se o torneio de Matraquilhos. Às 17.00, tem lugar a exibição do Rancho Folclórico da Pampilhosa da Serra. Depois do jantar, às 22.00 começa o arraial, abrilhantado pelo ‘Conjunto K’, com Mikael e Steven. Domingo, dia 10, segundo dia de festa, habitualmente dedicado à Nossa Senhora da Boa Viagem, tem como ponto alto o grande convívio popular de todos os montefrienses e amigos, com um repasto coletivo (porco assado no espeto) marcado para as 13.00 horas. Durante a manhã, a partir das 10.00, realiza-se o torneio (Superliga) da Sueca e após o almoço, muita animação com uma matiné de Karaoke e outras surpresas. V.C. VÍTOR CÂNDIDO A Páscoa é tempo de conversão, é tempo de reflexão e de reconciliação e, sobretudo, é tempo de paz e de harmonia. Páscoa é festa, é alegria, é convívio, é partilha, é família, amor e amizade. Apesar do tempo frio e chuvoso, tão desagradável, que se fez sentir na semana da Páscoa, foram muitos os conterrâneos que resolveram passar uns dias no Monte Frio a desfrutar os bons ares da nossa terra. O estacionamento ficou repleto, as ruas da aldeia encheram-se de gente e de vida. No entanto, segundo apurámos, a afluência do pessoal só não terá sido maior porque muitos benfiquistas não quiseram perder a oportunidade de festejar, em Lisboa, o tão desejado título de campeão nacional de futebol, marcado precisamente para o domingo de Páscoa (no jogo Benfica-Olhanense, 2-0), no Estádio da Luz. Aliás, talvez por isso, a maior parte das pessoas (muitos em ‘pugas’) arrancou logo de manhã para a capital, dando azo a que voltasse a pacatez da vida rotineira e tranquila no Monte Frio. Mesmo assim ainda ficaram cerca de trinta, os suficientes para um almoço convívio no Salão Social. Aleluia! Sempre Aleluia! Como estava anunciado, o nosso conterrâneo Horácio Pedro foi indigitado pelo pároco Rodolfo Leite, para realizar a visita pascal às casas da aldeia, no domingo de Páscoa, mantendo-se, assim, a tradição cristã, consagrada e transmitida pelos nossos antepassados. Durante a manhã, abriram-se as portas dos nossos lares para receber o Senhor e cantar aleluias. Ouvir a sineta pelas ruas, anunciando que ali vem o séquito da nossa igreja, com a Cruz de Cristo ressuscitado, para abençoar a nossa casa, transmite-me sempre enorme emoção e nostalgia. Tanto mais este ano, porque estava comigo a minha netinha Leonor, de cinco anos, que pela primeira vez presenciou esta tradição ancestral: a mesinha posta (com as amêndoas e o respetivo envelope), o beijar Cristo na cruz, as rezas e a felicidade das aleluias. A tudo ela assistiu com inocente curiosidade. Revi-me nela, quando era miúdo, por volta dos anos 50, a minha presença, em idêntica circunstância, na casa do meu avô Alfredo Cândido, perante as Boas Festas do Padre José Redondo. Recordei ali a Páscoa dos meus filhos, meninos, nos primórdios do Padre António Dinis e imaginei como seria a bênção pascal na meninice da minha querida mãe, nos distantes anos 20/30, com o Padre António Quaresma. Aleluia! Sempre Aleluia! Estou feliz porque, graças a Deus, já tenho mais duas gerações de descendência, para dar continuidade aos usos e costumes que nos foram transmitidos pelos nossos avós. Morreu o Octávio No sábado de aleluia recebi a triste noticia que me deixou angustiado: «morreu o Octávio». O meu amigo Octávio, meu vizinho, da casa em frente, no Monte Frio, também meu primo, filho do falecido Alfredo Marques (taxista em Lisboa), neto do Albino Marques e da Maria Joaquina (irmã do meu avô José Morgado), por isso de famílias muito chegadas. Eramos da mesma geração. Recordo, por exemplo, no tempo da tropa, quando chegou da guerra colonial, em Angola, pouco tempo antes da minha partida para a mesma guerra, no norte de Moçambique. Foi há 47 anos como se pode confirmar nas páginas do jornal ‘Facho’, publicação exclusiva da freguesia da Benfeita, responsabilidade editorial do Padre Loureiro. O Octávio era bom rapaz, pacato, amigo do seu amigo, um companheiro a valer. Como recordação da nossa juventude, publicamos a fotografia da equipa do Real Estrelas da Benfeita, tirada no Campo da Carriça, em Coja, quando da realização de um jogo com o extinto Sporting Clube de Coja, nos anos sessenta, do século passado. O Octávio é o segundo da esquerda, na fila de cima, ao lado do guarda-redes Vítor Cândido, ambos selecionados do Monte Frio, numa formação onde alinharam também o Zé Almas, Vítor Dias, Carlos da Capela, Artur, Marcelo, Arlindo, Pratas, Jorge… Ai que saudades, ai, ai! A morte do meu amigo Octávio, aos 72 anos, deixou-me desolado. Sabia da sua saúde precária, do internamento hospitalar, mas sempre esperei que melhorasse, para voltarmos a conviver na nossa terra bela. Acabou-se. E logo no sábado de aleluia, um dia tão bonito... e que tristeza! O Octávio era grande benfiquista, coisa de família, amava o clube e vibrava com os êxitos do Benfica. Quis Deus que viesse a falecer precisamente na véspera de se festejar o 33 º título de campeão nacional. Que viva o Benfica! O Octávio Figueiredo Marques era também um apaniguado da Comissão de Melhoramentos de Monte Frio. Durante algum tempo chegou a pertencer aos corpos gerentes da coletividade e atualmente era o sócio n º 13, sempre pronto a ajudar. Felizmente deixa uma boa prole, toda imbuída na mística montefriense, todos sócios da CMMF desde a viúva, D. Luísa Marques, à filha Carla, aos netos João e Maria, e ao genro Fernando Baptista (também dirigente da coletividade). A todos eles, em nome da Comissão de Melhoramentos, apresentamos as mais sentidas condolências. Que descanse em paz. Morreu o Tó ‘Escada’ Outro rapaz da minha geração faleceu recentemente: António Gonçalves Marques, o Tó ‘Escada’ como era conhecido no Monte Frio, ou Tó ‘Bonito’ como lhe chamavam em Coja, a sua terra natal, tinha grande afinidade com a nossa aldeia e com as nossas gentes, por ter contraído matrimónio na nossa terra. Mesmo depois do divórcio o António nunca esqueceu o caminho do Monte Frio, visitando-nos frequentemente, inclusive participando nos almoços anuais da CMMF, da qual era o sócio n º 195. Perdemos um bom amigo. Paz à sua alma. Em nome da Comissão de Melhoramentos, apresentamos sentidos pêsames à família do António Marques. ______________________________________ Junta de freguesia da Benfeita |
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March 2015
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