As luvas do chinês Zhang Lu
A espetacular exposição de Carlos Carvalho já tem mais de cinquenta pares de luvas de guarda-redes nacionais e internacionais. Mas a história mais curiosa e hilariante, contada pelo próprio Tibúrcio, é a que se prende com as luvas do guarda-redes chinês Zhang Lu. «Fui assistir ao Portugal-China, 2-0, também realizado no Estádio Cidade de Coimbra. Já com ela fisgada arranjei uma cartolina onde escrevi o nome do guarda-redes: Zhang Lu. Depois fui pedir a um amigo de uma loja chinesa que escrevesse por baixo, em mandarim, ‘dá-me as tuas luvas’. No final do jogo, cá fora, enquanto toda a gente rodeava o autocarro da seleção portuguesa, para ver os jogadores e tirar fotos com eles, eu fui-me colocar junto do autocarro da seleção chinesa, exibindo a cartolina. Lá dentro, talvez surpreendidos com a situação, os jogadores chineses apontavam para mim, gozando numa risada pegada. E, de repente, vejo um deles sair do autocarro na minha direção. Era o Zhang Lu, com as luvas na mão para mas oferecer. Eu nem queria acreditar…», concluiu Tibúrcio. E, consideramos nós: Que história deliciosa de imaginação e atrevimento.
Figura de cartaz: Rui Patrício
O Carlos Carvalho (Tibúrcio) está de parabéns pela sua ideia e pelo excelente trabalho concretizado de forma exemplar. Tudo perfeito. Na disposição das luvas e, sobretudo, na informação curricular de cada um dos expostos. Praticamente é uma exposição do século XXI, quase só de guarda-redes contemporâneos, mesmo considerando Bento, Neno, Silvino ou Preud’homme. Mas também é verdade que antigamente os guarda-redes não usavam luvas ou, então, tinham daquelas justinhas aos dedos, com tiras de borracha, como nas raquetes de ping-pong. Curiosamente, entre as muitas peças de equipamentos que fui recolhendo ao longo dos anos, tenho as luvas personalizadas do Borislav Mihaylov, guarda-redes da seleção da Bulgária (102 int., jogou em três campeonatos do mundo), que ofereceu ao meu filho Gil, guarda-redes dos juvenis do Sporting, em 1990.
A inauguração da exposição, patrocinada pela câmara municipal de Pampilhosa da Serra e inserida no programa festivo da vila, teve a dignidade possível, ressalvando a ausência inesperada da figura de cartaz: Rui Patrício, guarda-redes do Sporting e da seleção nacional.
Resta informar que a exposição é aliciante e merece uma visita cuidada. Estará patente ao público até dia 30 de Setembro. Aberta de segunda-feira ao sábado, das 10.00/12.30 e das 14.00/18.30, na Galeria do edifício Monsenhor Nunes Pereira.
Linda Pampilhosa, grande Tony Carreira
Foi uma tarde bem passada, onde tive o prazer de conhecer pessoalmente e confraternizar com José de Brito, o homem de Unhais, autarca bem-sucedido da Pampilhosa da Serra, que se pode orgulhar da beleza e do progresso de uma vila tão distante dos centros de decisão. Aliás, na presença do meu amigo Carlos Pereira (figura do Vidual) e do companheiro Leonardo Costa (Monte Frio), tive oportunidade de elogiar o desenvolvimento e a evolução deste concelho nos últimos tempos. Quem não visitava Pampilhosa há alguns anos ficou admirado com a rede viária (estradas de categoria), com a jardinagem e a limpeza, tudo bem tratado dentro e fora da zona urbana, com as novas infraestruturas municipais (instalações sociais, desportivas e culturais). Mas, sobretudo, é a zona central da vila, com uma área fluvial muito bem concebida para proporcionar bons momentos de lazer, descanso e divertimento, a que mais cativa o turista de ocasião. Isto para não falar da qualidade de um hotel de 4 estrelas. Ali, no meio da serrania? Pudera… o concelho onde habitualmente costuma atuar o conterrâneo Tony Carreira (com seus descendentes), arrastando atrás de si enorme legião de fãs, tem de estar equipado convenientemente. Sabem? O Tony Carreira atuava nessa mesma noite. E a sua comitiva, instalada no referido hotel, teve de haver-se com montes de fãs durante a tarde. E no recinto do concerto, para garantir os lugares mais próximo do palco, houve quem estivesse várias horas à torreira do sol, para ouvir o artista Tony cantar… por volta da meia-noite. Grande Tony Carreira, humilde beirão, serrano, cujo êxito muito nos orgulha.
VC