Monte Frio através da Comarca – I
Pelo empenho e dedicação, cumpre-nos agradecer a um sócio que através deste Site (que se quer de todos) nos ajuda a reescrever os mais belos capítulos da história da nossa Aldeia, trazendo à luz dos nossos tempos, as notícias do passado. E, também, um agradecimento especial à Câmara Municipal de Arganil que teve a feliz ideia de mandar digitalizar todas as edições de A Comarca de Arganil, desde a sua fundação, colocando-as ao serviço do povo.
Fantástico! É com alguma emoção que venho descobrindo episódios, acidentes e incidentes que aconteceram no Monte Frio ao longo do século passado. Todas aquelas histórias curiosas que se ouviam nas conversas da taberna e nas tertúlias dos homens mais idosos da nossa terra, estão a ser recuperadas através das páginas de A Comarca de Arganil. Brilhante esta ideia da Câmara Municipal de Arganil, de ter digitalizado todas as edições deste importante jornal regional, colocando os seus conteúdos ao dispor da comunidade. Assim, temos possibilidade de pesquisar e divulgar todas as notícias e informações sobre o Monte Frio, ocorridas durante todo o século XX.
Nesta primeira notícia, que fez agora 77 anos(!), podemos deliciar-nos, não só com o motivo da reportagem (o 1º carro a visitar a nossa aldeia), como também com as surpreendentes e ímpares fotografias que ilustram esta prosa. É de facto extraordinário podermos ter contacto visual com esta época e em locais privilegiados do Monte Frio.
O autor da proeza foi um jovem de Arganil chamado Romão Jorge, que na altura era apelidado de «herói das serras», tantas foram as barreiras da natureza que conseguiu ultrapassar ao volante do seu automóvel. Mas o que deverá emocionar ainda mais os montefrienses é a possibilidade de observar a Capela da Nossa Sra da Boa Viagem, construída no Largo do Outeiro em 1919 e que acabaria por ser demolida no final dos anos 30, quando foi necessário que a camioneta da carreira desse a volta para virar a marcha. Refira-se ainda que, ao lado da Capela, podemos ver a casa (propriedade na altura de António Pimenta) onde funcionava a 1ª escola. Quanto aos montefrienses que posaram para a posteridade, não é fácil fazer o reconhecimento, mas podemos arriscar os nomes de José Martins Morgado e Francisco Peres entre os mais adultos e Leonardo Costa entre os mais jovens.
G.C.